Irmã e Irmão agredidos pela Avó; menino denuncia tio por trabalho escravo
Um boletim de ocorrência de Maus Tratos à criança foi apresentado por volta das 10h30 da manhã de terça-feira, 4, por um Conselheiro e uma Conselheira Tutelar junto ao 1º DP, onde o delegado de polícia, Dr. Icaro José Ribeiro Gomes registrou o caso.
Por se tratar de crianças, não iremos divulgar seus nomes, sendo que a menina de 13 anos, vamos tratá-la de “Y” e o menos de 12, por “X”
De acordo com os conselheiros, por meio de denúncias do coordenador da Escola Estadual Profa. Osmarina Sedeh Padilha, tiveram ciência de que haviam dois adolescentes cuja guarda pertencia à avó paterna, e que estavam sofrendo maus tratos e praticando trabalho escravo, onde “X” estaria trabalhando a troco de alimentação.
Na manhã do dia em questão os conselheiros foram até a referida Escola, ouviram os relatos da adolescente “Y”, onde relatou sofrer agressões verbais e físicas da avó, onde alegou que já foi agredida com extensões de energia (fios), cintos, e que o tio dela que também residia no mesmo imóvel, Cícero, também já a agrediu, e que ela não tinha liberdade pois só podia sair de casa para estudar.
A menina disse ainda que a avó dizia que ela seria “prostituta”, “rapariga” (sic.) que nem a mãe. Que a última agressão foi aproximadamente há um mês, onde a avó a agrediu nas pernas com um cinto, que deixaram marcas, mas passou gelo e gel, e que não ficaram marcas de lesões.
Segundo os conselheiros, seguiram depois para a Escola Municipal Professora/Vereadora Zuleica Vélide de Franceschi Veloso, onde estuda o irmão de “Y”, o menino “X” o qual dizia que não queria ficar com a avó, e nem queria ir embora com a avó e o “tio Claudio”, por conta das agressões que ele sofria, e que o tio Cláudio, era quem o colocava para trabalhar na lava jato em que possuía na cidade onde residiam, São José do Belmonte/PE.
Segundo “X” na segunda-feira, 3, a avó desferiu um tapa no rosto dele, então a adolescente “Y” saiu em sua defesa, como das outras vezes em que era agredido.
Os adolescentes informaram que são de São José do Belmonte/PE e que residem com a avó há 8 anos, e esse período se mudaram diversas vezes, vindo para o Estado de São Paulo aproximadamente há um ano, sendo que estão em Pirassununga já há 6 meses. Os irmãos foram recolhidos num Instituto, até que seja localizado algum familiar para buscá-los.