Investigadora Jenniffer no combate ao crime, mas, protegendo animais na cidade de Leme
No último sábado do mês de junho, 27, uma estudante de 23 anos, moradora no Jardim São José, município de Leme, compareceu no plantão da Central de Polícia Judiciária do respectivo município acompanhada de uma autônoma de 42 anos, representante da Associação Bicho Carente.
No plantão policial se encontravam a escrivã Cíntia Aparecida e o delegado de polícia civil judiciária Leonardo da Costa Ferreira, onde a estudante informou que no início da manhã do sábado em questão esteve na Rua Newton Prado, 955, onde havia combinado a retirada de um cão da raça Shitzu, o qual havia negociado dias antes via Facebook com pessoa cujo perfil constava com o nome de “Nina Moraes”. De acordo com a estudante ao chegar no local recebeu o animal defronte o imóvel, não adentrando no mesmo, pelo qual pagou R$ 300,00 (trezentos reais). No mesmo dia, ao chegar em sua residência, percebeu que o animal apresentava comportamento estranho, estando muito quieto, com dificuldade para se alimentar. Sendo assim, o levou para consulta com o veterinário Dr. Samuel, o qual de pronto constatou que o animal não havia saído do “desmame” e este solicitou exames de sangue, os quais apresentaram resultado positivo para a chamada “doença do carrapato”.
O fato levantou suspeitas na estudante de possíveis maus tratos, onde procurou pela Associação Bicho Carente com intuito de realizar uma denúncia, visto que tem ciência de que haviam outros animais, na mesma ninhada, que também poderiam apresentar sintomas da mesma doença, pois, outro comprador optou por permanecer no anonimato.
Na segunda-feira, 29, a investigador Jenniffer, que já exerceu a função de escrivá de polícia iniciou investigações, pois, além de combater o crime em investigações, esta brilhante policial também busca coibir o crime contra animais. Durante a segunda-feira, 29 e 30 de junho, a investigadora Jenniffer apoiada pelo delegado Leonardo Costa Ferreira, acompanhada da equipe do SIG da Polícia Civil, se dirigiu até ao local dos fatos e lá chegando entrou em contato com a dona do imóvel, Célia Regina, 39, que franqueou a entrada em sua residência, sendo constatado diversos maus tratos, entre eles: gaiolas de pequeno tamanho com grande quantidade de animais, cachorros com lesões aparentes, todo o ambiente cercado de muita sujeira, sendo totalmente insalubre a criação de qualquer ser vivo naquele local.
Os setores de Zoonoses e Vigilância Sanitária da Prefeitura de Leme foram acionados, comparecendo os funcionários públicos municipais José Ricardo Mattos Varzone, Flávia Costa e Luciana Laudensack, os quais emitiram parecer prévio no sentido da existência de maus tratos aos animais.
Através do delegado Leonardo da Costa Ferreira, a investigador fez contato com o 1º Pelotão da Polícia Militar Ambiental com sede em Pirassununga, seguindo para o local o Sargento PM Couto e o Soldado PM Melo.
A polícia solicitou apoio da Associação Bicho Carente, por meio da responsável Carla e Viviane Gomes, sendo que esta última compareceu na Delegacia de Polícia para assinar auto de depósito dos 85 animais apreendidos, sendo; 13 cachorros (raças diversas), 5 calopsitas, 3 galinhas, 48 coelhos e 16 porquinhos da Índia, os quais foram entregues à representante da associação Bicho Carente, qualificada como parte neste TC, por meio de auto de depósito até destinação final.
Diante dos fatos, foi elaborado o Auto de Infração Ambiental valorado em R$ 255.000,00 por violação do artigo 29 da Resolução SMA 48/14, sem prejuízo da responsabilização penal termos do artigo 32 da Lei Federal 9605/98.
Fotos – 1º PM Ambiental
O conteúdo poderia ter menos nomes de pessoas para se favorecer na matéria.
Não interessa os nomes e sim a resolução do problema.