Vereadores fazem balanço do primeiro ano de mandato
Na última sessão ordinária do ano, realizada na noite de terça-feira (12) na Câmara, os vereadores foram até a tribuna para comentar, entre outros assuntos, os principais acontecimentos e marcas da administração municipal em 2017 – um ano difícil, na opinião de boa parte deles. Além de agradecerem o apoio obtido junto a familiares, amigos e correligionários, eles mencionaram conquistas alcançadas nesse período. A seguir, pela ordem de pronunciamento, trechos de suas falas.
Wallace Ananias de Freitas Bruno: Neste ano, fiz meu papel de vereador, cobrando o prefeito, criticando muitas vezes, mas também estendendo a mão para aquilo que achamos o correto. Infelizmente, quero deixar aqui a minha infelicidade, de um modo geral, com essa administração neste ano.[Houve] fechamento de escolas, a verba pertencente à Apae foi retirada, cargos foram criados e houve muita propaganda desnecessária com o nosso dinheiro que poderia ter sido aplicado em outras áreas. [O prefeito] abandonou os bairros, não houve interesse nenhum em ajudar os voluntariados que se dedicam a fazer o trabalho que é de responsabilidade do poder público. Espero finalizar o próximo ano falando coisas mais positivas do que negativas.
Vitor Naressi: Creio que a cidade tem melhorado muito em alguns aspectos. Temos feito vários pedidos, fomos atrás de alguns projetos que estavam travados. Ao lado do vereador Jeferson Couto, aprovamos um projeto de lei alterando o código tributário, ao segurar no município uma taxa que antes era enviada para as matrizes dos bancos. E na sessão de hoje vamos votar o projeto que autoriza o Poder Executivo a taxar as concessionárias de posteamento público. São dois projetos que buscamos para que, no ano que vem e nos próximos anos, o município tenha uma arrecadação melhor para investir na saúde, na educação, na segurança. Há também a Univesp, uma luta nossa, e as inscrições para o vestibular estão abertas.
José Antônio Camargo de Castro (Zé Castro): Foi um ano profícuo, de trabalho, com parcerias entre entidades públicas e privadas no que tange ao trabalho com educação, saúde e esporte direcionado aos jovens e adolescentes de nossa cidade.
Luciana Batista: Este ano não foi fácil. Foi muito difícil porque eu vim de um governo mais humano, que se preocupava com o povo, com a saúde, com a educação, e, já no primeiro ano, no primeiro mês, a gente se deparou com o fechamento de uma escola, com a retirada de uma ambulância da Vila Santa Fé e com a suspensão do Remédio em Casa. O bairro da Vila Santa Fé foi o mais prejudicado nessa administração. Também temos vários projetos engavetados, que são as reformas das USFs (Unidades de Saúde da Família) da Vila Esperança, para a qual conseguimos verba, do Jardim das Laranjeiras e do Jardim Itália.
Paulo Sérgio Soares da Silva (Paulinho do Mercado): Neste ano, completo nove anos morando em Pirassununga, e sou muito grato à população da cidade por ter acreditado em mim. E peço que continue acreditando, porque vou fazer de tudo para que tenhamos uma cidade maravilhosa, uma cidade onde a população possa acreditar em nós políticos. Não sou um vereador de falar muito nessa Casa, mas quero deixar bem claro que sou um vereador presente junto à população. Neste ano, fui o segundo vereador que mais fez indicações nesta Casa, o que é motivo de muito orgulho para mim.
Edson Sidinei Vick: Da minha parte, eu procurei da melhor maneira possível trazer a esta Casa os anseios da nossa população através de reivindicações formuladas pelos munícipes, pelos contribuintes, pelos cidadãos pirassununguenses, apresentando proposituras que pudessem fazer com que a nossa cidade tivesse as realizações que se fazem necessárias. Estivemos preocupados com várias situações, entre elas a Escola Anna Mahnic Daniel, que teve logo no início dessa administração as suas portas fechadas para os alunos. Também estivemos preocupados a respeito das verbas destinadas à Apae, que foram minguadas. Lutamos também para que houvesse um transporte mais confortável e de maneira mais contínua aos pacientes que se deslocam principalmente para Jaú e outras localidades. Que 2018 seja um ano de plenas realizações, principalmente para o nosso Executivo.
Paulo Rosa: Foi um ano difícil para a cidade, para o País, um ano em que nós vereadores enfrentamos muitas dificuldades, fomos pressionados como nunca. Eu, pessoalmente, vim de uma coligação que apoiou o prefeito Ademir Lindo, de um partido, o PSD, que tem hoje quatro ou cinco secretarias. E, em razão disso, houve uma cobrança muito grande em cima de mim. Lamentáveis as coisas que tivemos que ouvir. Lamentáveis as pressões que sofremos, porque infelizmente algumas pessoas não entendem qual é o papel do vereador. Algumas pessoas ainda querem governar a cidade da forma que elas acham que é o correto. Fosse assim, não precisava ter câmara municipal. Lamento, portanto, essa pressão que sofri durante o ano aqui nesta Câmara por não fazer parte ou por não atender aos interesses da administração da nossa cidade. Continuarei assim nos três anos que tenho de mandato.
Natal Furlan: Este ano foi muito difícil para mim. Teve hora em que eu quase desisti. Teve hora em que eu falei: “Poxa, eu vou largar mão de ser vereador”. Tem gente na cidade que não quer ver a gente bem, não quer ver o vereador trabalhar. Eu adoro ser vereador, mas tem uns infelizes na cidade que não quer ver a gente trabalhar. Tenho fé em Deus que ano que vem vai ser muito melhor para Pirassununga.
Jeferson Couto: Entre os trabalhos deste ano, apresentei junto com o [vereador] Vitor o projeto que autoriza o Poder Executivo a fixar e cobrar preço público pela ocupação de solo em áreas públicas municipais pelo sistema de posteamento de rede de energia elétrica de iluminação pública. É o último projeto do ano. A Elektro sempre foi parceira do município, fazendo a manutenção preventiva e corretiva da iluminação pública, e hoje não faz mais. Se ela deixou de fazer e a responsabilidade passou a ser do município, por que não cobrar por poste plantado no município? Também apresentamos um projeto que já foi aprovado aqui, relacionado ao ISS. Esses impostos eram transferidos para a cidade-sede das empresas do cartão e agora vão passar a ficar no município de Pirassununga. Também apresentamos o projeto 57/2017, que reconhece e regulamenta o cão comunitário, o projeto 129/2017, que trata do Setembro Amarelo, e também o 137/2017, que dispõe sobre o agendamento de consulta telefônica às pessoas idosas e portadoras de deficiência nas unidades de saúde do município.
Leonardo Francisco Sampaio de Souza Filho (Leo) : Mais um ano que termina, pela primeira vez à frente do Poder Legislativo, e posso dizer aos senhores que combati o bom combate. Estamos lutando e trabalhando bastante, há uma afinação muito boa com todos os vereadores. Nós vereadores temos o papel de legislar, de fiscalizar o Executivo, de propor projetos de leis que nos caibam, de analisar aqueles projetos que vêm do Executivo e de nos posicionarmos. E eu acredito ter feito muito bem esse papel. Estou completando nove anos consecutivos de Casa e tenho me posicionado em relação a tudo aquilo que tem vindo para cá. Sempre digo que o que me faz voltar para esta Casa, lutar por uma cadeira no Legislativo, é a possibilidade de poder participar de decisões que vão mudar a qualidade de vida da nossa gente, e eu acredito que tenho feito isso de forma coerente, responsável, buscando sempre aquilo que é melhor para a população.
Autoria: Imprensa/Câmara