Professora e Pajens de Creche de Pirassununga chamam autista de 2 anos de ‘louca’
Um boletim de ocorrência de maus tratos (artigo 136, do Código Penal Brasileiro), foi registrado na segunda-feira, 9, no plantão do 1º DP, por uma mulher de 35 anos de idade, mãe de uma linda menina de 2 anos de idade, a qual completará 3 anos no próximo mês de agosto contra funcionárias de uma Creche Municipal da cidade de Pirassununga/SP.
De acordo com a mãe da criança, sua filha foi diagnosticada com autismo nível 3, sendo que ela não fala, não sabe se expressar, mas é totalmente consciente, sendo então completamente vulnerável.
Consta que no início deste ano, depois de matriculada junto a Secretaria Municipal de Educação, a criança passou a frequentar uma Creche Municipal (neste primeiro momento, nossa reportagem deixar de publicar o nome e localização da unidade escolar) das 07h00 as 17h00, ou seja, período integral.
Segundo pessoas próximas da família que pediram para não serem identificadas, a criança de alegre passou a ficar triste e retraída.
De acordo com a mãe da menina, a mesma passou através de gestos e atitudes, demonstrar que não estaria gostando de ir para a ‘escola’, acreditando-se que poderia ser processo de adaptação.
Consta que no primeiro dia útil do mês de maio, ou seja, na segunda-feira, 2, a criança apresentou mudança drástica de comportamento, parando de se alimentar, sono alterado e perturbado.
Segundo a mãe, quando era acordada chorava muito e segurava na roupa da genitora, deixando praticamente claro que não queria ir para a creche, demonstrando os mesmos gestos na terça (3) e quarta (4).
Na quinta-feira, 5, ao buscar a filha na ‘escolinha’, percebeu que a criança estava com o corpo gelado, o que lhe causou grande estranheza.
Em casa, a mãe lavava o quintal, quando a filha se sentou a frente levantando suas mãozinhas, onde na lateral, parecia que as mãos estavam presas, entrando em choque e gemendo por cerca duas horas.
De acordo com a mãe, logo depois a levou ao banho, e a situação se agravou ao entrar no banheiro, tendo a criança começado a olhar para todos os lados a tremer.
O coração apertado de mãe falou alto, passando a desconfiar que a filha estava sofrendo maus tratos na creche e que ela estaria sendo trancada dentro do banheiro, em vista do gesto que fez com as mãozinhas e o desespero de quando entrou no banheiro.
Para tirar qualquer cisma, antes de levar a criança na Creche Municipal, isto na sexta-feira, 6, um gravador com o comando para gravar foi colocado na mochila, sendo a criança levada contra gosto pelo pai que explica para a filha que a escolinha era para o seu bem, sendo levada contra sua vontade.
As 07h00 da sexta-feira, 6, o pai chegar ao local, entregou a filha para uma das cuidadoras, (Pajens) da creche, informando que por questões outras, sua esposa iria buscar a filha mais cedo, as 13h20, porém, a mãe chegou na creche por volta das 13h05, sendo recebida por uma funcionária que figura como Parte no registro da ocorrência policial, a qual informou à mãe, que o horário combinado de buscar a criança era às 13h20, tendo a mesmo respondido que não sabia, mas que aguardaria.
Quando a mulher que figura como Parte, entrou na escola, a mãe ouviu a mesma conversando com a “Tia” que figura como Autora no boletim de ocorrência, que também comentou do horário, tendo a mulher que figura como Parte, respondido para a “Tia”, imitando a mãe, dizendo “eu vou esperar”.
A pessoa que seria diretora do local foi até a sala onde estava a menina, onde apenas ela e a “Tia” estavam de porta trancada.
A diretora bate na porta e sussurrando pergunta para “Tia” o porquê de a porta estar fechada, tendo a “Tia” falado ironicamente “nem sei” (sic), sendo que essas conversas foram capturadas pelo gravador instalado na mochila da criança.
Segundo a mãe, ocorreu uma certa demora para entregar sua filha, sendo possível também ouvir no áudio quando a “Tia” de forma áspera diz para a criança “coloca a blusa que está frio”.
A mãe, ao receber a filha, viu que a mesma tinha um coração pendurado no pescoço, escrito “mamãe te amo” com a blusa aberta (fazia bastante frio) e uma lembrancinha nas mãos.
Com a filha no colo, a mãe perguntou para a “Tia” se algo teria ocorrido de errado com a menina no dia anterior (quinta-feira, 5), pois ela estava em estado de choque, tendo a “Tia”, olhando nos olhos da mãe dizendo “ontem foi o melhor dia da sua filha aqui na creche” (sic), referindo-se ao fato da creche ter recebido uma doação de brinquedos.
Logo que saiu da creche a criança travou, segundo a mãe, sendo necessário levá-la a força, onde a mãe chegou acreditar na “Tia” que tudo não passasse de manhã da criança.
Em casa, pegou o gravador que continha sete (7) horas de gravação onde passou a ouvir. A mãe relata que as conversas gravadas pareciam filme de terror, sendo que em meio período de gravação aparecem as vozes de uma Professora, da “Tia” de outra “Tia”.
As “Tias” que são Pajens e a professora configuram na ocorrência como Autoras, pois estariam promovendo um verdadeiro terror contra a menina autista.
Na gravação de sete horas, se ouve quando as três mulheres que figuram como Partes no Boletim de Ocorrência de Maus Tratos que as demais crianças irão brincar no parquinho e que a menina autista não vai, ‘pois ela é louca e vai ficar trancada no banheiro’, dizendo que a criança não é autista e sim louca.
Ainda na gravação ficam dizendo que o bicho papão vai pegá-la, fazendo sons de como fossem o bicho papão, dizendo “vai pegar, vai pegar”, instigando as demais crianças a fazerem o mesmo.
Na gravação consta muitas humilhações contra a menina, chamando-a de suja, perguntando se a mãe não dá banho nela, diz que se não parar de chorar vai voltar para o banheiro “que nem ontem”, entre outras inúmeras humilhações.
No áudio aparecem as vozes da Professora e das Pajens, mas, a Diretora poderia ser conivente com os fatos, pois, a sala onde fica a criança é ao lado de onde fica a direção.
A criança está traumatizada, sendo muito difícil que ela aceite frequentar outra creche ou escola, pois, o mal que lhe foi proporcionado é irreparável.
A mãe disse que a “Tia” anterior à estas duas “Tias”, cuidava com carinho da menina, e a pequenina demonstrava gostar muito dela. A mãe disse que de forma estranha colocaram esta professora em outra classe, sendo que provavelmente por descordar do tratamento que estavam dando para a filha.
No último sábado, 7, de acordo com a mãe, pela manhã, ao trocar, a menina pensando que iria para creche ficou nervosa, tendo então a mãe dito que apenas iria trocá-la, que não iria para creche e que havia descoberto tudo que estavam fazendo com ela e que ninguém mais faria mal a ela, quando então a criança sorriu.
No período da tarde de segunda-feira, 9, a mãe procurou pela polícia, onde ao lado do Escrivão de Polícia, André Luís da Silva, a delegada de polícia chefe titular do município e delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, da Criança, do Adolescente e Juventude, Dra. Tatiane Cristina Parizotto, registrou o boletim.
A delegada foi procurada por nossa reportagem, uma profissional cautelosa, a Dra. Tatiane disse que aguarda por novos dados e prefere neste momento não falar do caso, para não atrapalhar as investigações em andamento e, quando tudo estiver formatado dará entrevista sobre o caso.