Chiaperini lança livro “Navegante” em Santa Rosa de Viterbo
A obra é um compêndio de crônicas, artigos, pensamento e poesias. Toda a renda obtida com a venda será revertida em prol do Asilo e da AIDESA
Muito conhecido no mundo dos negócios, o empresário, multi-instrumentista e artista plástico, José Tadeu Chiaperini, estreia no universo da literatura com o lançamento de seu primeiro livro, na próxima sexta-feira, 16 de junho. O evento da obra “Navegante” aconteceu na noite de sexta-feira, 16, com direito a sessão de autógrafos e apresentação da Banda Sinfônica de Santa Rosa de Viterbo, na Estação da Cultura.
Ao todo, o livro reúne cerca de 40 escritos em quase 80 páginas que refletem situações do dia a dia e buscam proporcionar romantismo, otimismo, paz interior, esperança e amor. “Exatamente. Gosto do romantismo. Sou uma pessoa muito romântica, na pintura, na música e nos meus escritos você vai perceber isso também. Como você sabe, uma crônica depende do momento, do que estamos passando por dentro. Cria-se toda uma atmosfera, uma fantasia em volta. Daí coloca no papel, corrige e manda pra frente. E também é um compêndio, uma formação, uma junção de escritos, que são harmônicos entre si. Trata-se, além das crônicas, de artigos, pensamentos e tem poesia também, que fomos escrevendo ao longo do tempo e as pessoas estimularam-me a reunir tudo isso em um livro. Há personagens fictícios também que receberam nomes. Falo da minha mãe, do meu pai, da arte de ser pai. Sou personagem e meus filhos também são personagens. Editamos tudo e ficou um livrinho bem bacana”, explica Chiaperini.
Engenheiro de formação, com cursos de História, Geografia, Filosofia e, atualmente, concluindo Teologia, o autor fala com orgulho sobre o processo da escrita do livro, que contou com a colaboração de uma oficina literária ministrada pela jornalista Heloísa Bolelli, que prefaciou o livro, de sua esposa Roberta, o filho Murilo na criação da capa, as sobrinhas Ana Carolina e Ana Paula, o amigo João de Bem e a equipe de marketing da empresa na diagramação. “Comecei a escrever há bastante tempo, por isso os escritos são separados, são peças e agora reunimos tudo num livro só. Sou engenheiro e o engenheiro é do mundo das exatas né. Conta, matemática, desenho e essa coisa toda. E depois de uma certa idade fui fazer um curso, estudar a língua Portuguesa. Fiz curso de redação livre e contratei uma professora. Acabamos nos tornando amigos. Ela é jornalista, é uma pessoa que foi editora chefe de grandes meios de comunicação e então me abriu a mente sobre a preparação. Não podemos deseducar as pessoas. Quem se põe a escrever, minimamente tem que escrever bem. Não digo numa língua totalmente culta, ou só na língua do dia a dia, mas também não pode ter aqueles erros crassos”, frisou.
De nome Navegante, literalmente, o livro tem a intenção de conduzir o leitor (a) para uma viagem livre da “monotonia e da agitação” dos tempos modernos. “O tema principal do livro é tentar viver, levar uma vida sem monotonia. O que arruína uma pessoa é ser monótona, o que a levará a ser reclamona, pessimista e negativa. E ela não percebe porque está desta maneira. Isso são efeitos de que ela está preferindo uma vida monótona, ela não se arrisca a tocar música, um novo emprego, criar arte e escrever. Essa vida monótona arruína a pessoa e ela não sabe o porquê. Então o tema principal deste livro é levar você a navegar nas várias fases dos artigos das crônicas, dos pensamentos. Você vai ver que ali não há nada de monotonia, muito pelo contrário, vários pensamentos harmônicos justamente para incentivar a sair desta vida monótona. Sou empresário há 50 anos e vivi boa parte da minha vida muito estressado. No começo fui trocando alguma medicação por essas atividades que criam uma série de hormônios que dão defesa para nós. Quando você começa a produzir, por exemplo, uma pintura, você começa a aprender a relaxar, a deixar aquele mundo do dia a dia do estresse. E com a música não é diferente. A música é encantadora, não tem limite. Meu defeito é que não paro num instrumento só: violão, livro, sax, harmônica e agora clarineta. É muito gostoso. São desafios que sentimos em vencer no dia a dia. Por outro lado, se observarmos o mundo hoje através dos navegantes, eles desbravaram o mundo. Saíram de suas terras motivados pela fome, e por curiosidade da expansão territorial. Mas foi através da navegação que nós conhecemos o mundo hoje. E quando partimos para uma viagem navegante, vamos ganhando muito com isso. Vamos abastecendo o coração de uma série de coisas novas, enriquecendo a nossa vida. Então navegar é uma coisa que todo mundo faz. E justamente por isso que o nome do livro é Navegante. Eu estava à beira mar um dia, vendo um navio saindo. Era um barco pesqueiro e eu discorri sobre aquilo. O pessoal saindo, rompendo o horizonte e depois voltando. É uma crônica bem bacana, me encantou bastante. Na verdade somos todos Navegantes nessa vida não é, João?”.
Chiaperini revela ainda que o livro tem numa linguagem de fácil compreensão e é recomendado para todos os públicos. “Evidentemente, antes de lançar, enviei alguns exemplares para alguns amigos críticos e eles gostaram, me incentivaram a fazer essa reprodução. Que tipo de incentivo? Eles me disseram: ‘Olha cada vez que eu leio essa crônica, essa poesia, daí a alguns dias eu vou reler e eu tenho um novo sentimento. Dependendo de como está minha imaginação no dia , como está meu coração eu tenho uma nova interpretação. É um livro bastante dinâmico. Não é cansativo’. Evitamos falar de assuntos polêmicos, de política, religião e outras vertentes de hoje em dia, do politicamente correto. Então é uma obra livre. Acredito que as pessoas irão se encantar e poderão até utilizar em sala de aula. Acredito que o livro é bastante abrangente e tem uma linguagem bastante simples e é adequado a todas as idades.
Sobre o custo, o autor destaca que é um valor acessível e tem o objetivo de colaborar com as instituições Lar São Vicente de Paulo (Asilo) e a Associação de Integração dos Deficientes de Santa Rosa de Viterbo (AIDESA). “Você sabe que editar e imprimir, tudo isso tem custo, e estou abrindo mão deste custo, inclusive dos direitos autorais e toda a renda será revertida. Pretendemos vender essa primeira edição no valor de R$ 30,00 por exemplar e será doado para o Asilo e a AIDESA neste primeiro instante. Vai ficar tudo na mão de ambas as diretorias: a forma de pagamento, o endereço do Pix, tudo diretamente para as instituições. Não terei acesso a nenhum tipo de pagamento. No caso, será diretamente com eles. Espero que façam uma boa divulgação. Hoje o céu é o limite. Com a internet, e com tudo que temos, quem sabe atingiremos aí, um milhão de exemplares vendidos não é?”.
Por fim, Chiperini agradece a Administração do Prefeito Omar Nagib pelo apoio e deixa uma mensagem aos leitores e leitoras. “Agradeço o espaço da municipalidade porque o lançamento será na Estação da Cultura justamente por ser um livro beneficente. Estou contando com este apoio para que possamos vender o maior número de exemplares que pudermos, em benefício dos nossos velhinhos de nossas pessoas que estão na AIDESA também. Por fim, gostaria de dizer que nós precisamos ler mais. As pessoas precisam criar mais hábitos, gostar mais de leitura. A leitura abre horizontes, abre o coração e a mente de uma maneira que se começa a enxergar de outra forma o ponto de vista do outro, do escritor no caso. Então quando se viaja numa leitura, enriquece-se o espírito. Hoje em dia, vemos muitas pessoas tristes, ansiosas, farmácias lotadas atrás de ansiolíticos e as pessoas se esquecem do fundamental: o remédio muito grande que nós temos, a leitura”, concluiu.
Sobre o Lar São Vicente de Paulo
Com 95 anos de existência em Santa Rosa de Viterbo, atualmente o Lar São Vicente de Paulo abriga em regime de internato 32 idosos de ambos os sexos, prestando-lhes toda a assistência necessária para proporcionar uma vida digna.
Sobre a AIDESA
A AIDESA – Associação de Integração dos Deficientes de Santa Rosa de Viterbo tem 40 anos de serviços no município. Sua data de fundação foi em 29/06/1983 sendo uma das mais antigas do ramo de Serviços de Assistência Social em Santa Rosa de Viterbo. Presta em média 800 atendimentos por mês.