Ácido fólico, folato e metilfolato são a mesma coisa?

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Entenda o que é cada um deles e qual a importância para o organismo, em especial, durante a gestação
Existem alguns nomes entre os nutrientes que, por serem similares, podem causar dúvidas em relação às recomendações e benefícios. O ácido fólico, o folato e o metilfolato têm nomes parecidos e, de acordo com especialistas, entender a fundo suas características é importante para adotar uma boa suplementação.
Os três nomes correspondem a formas da vitamina B9, componente importante para a formação de proteínas e o desenvolvimento do sistema nervoso central. No entanto, cada um apresenta uma origem e uma forma de atuação diferente.
Além dessas vitaminas, para o bom funcionamento do organismo, também é aconselhável considerar outros nutrientes que ajudam a assegurar uma boa saúde. Um exemplo disso é compreender o que é Coenzima Q10, quais as suas indicações e os seus benefícios.
Folato
O folato tem sido protagonista quando o assunto é suplementação durante a gravidez, e essa relação se dá por conta de suas propriedades. Em entrevista à imprensa, a nutróloga Valéria Goulart explica que ele é a forma natural da vitamina B9, encontrada na maioria dos alimentos de folhas verdes, como espinafre, rúcula, couve e alface; em algumas frutas cítricas, melão e banana; em leguminosas e oleaginosas, além de carnes, cereais integrais, leite e ovos.
Segundo informações da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, o folato conta com a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ácido fólico. Assim, alimentos à base dessas farinhas, como pães, massas, bolos, pizzas, sanduíches, salgados, bolachas e biscoitos, também são fontes desse nutriente.
A USP informa que baixos níveis de folato no organismo materno podem resultar em complicações para a gestante e o feto, como parto prematuro, baixo peso do recém-nascido e defeitos no desenvolvimento da coluna vertebral e do cérebro da criança.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres em idade fértil e que desejam engravidar façam suplementação com folato. Entretanto, muitas gestações não são planejadas. Dessa forma, a fortificação de alimentos com essa vitamina é uma estratégia global para diminuir problemas gestacionais.
Ácido fólico
A nutróloga Valéria Goulart explica que o ácido fólico é a forma sintética da vitamina B9, encontrada em suplementos e em alimentos como couve, espinafre, laranja, feijão, entre outros.
O nutriente atua na prevenção de defeitos do tubo neural do feto, como a espinha bífida. Além disso, contribui para a formação de novas células, o crescimento celular e a produção de DNA e RNA.
De acordo com o ginecologista e obstetra Carlos Eduardo Martins, o ácido fólico atua na produção de células, proteínas e na manutenção do sistema cardiovascular e nervoso. O especialista explica que, para que essa vitamina desempenhe todas essas funções, é importante que o organismo a converta em outra substância, o metilfolato.
Carlos Eduardo destaca que cerca de 30% da população pode ter dificuldade nessa conversão devido à deficiência na enzima que participa do processo.
Metilfolato
Para entender para que serve o metilfolato, é importante compreender primeiro as características dos outros termos. Enquanto o folato é a forma natural de vitamina B9 e o ácido fólico é a forma sintética, o metilfolato é a forma ativa do segundo.
O ginecologista Carlos Eduardo explica que esse nutriente não precisa ser metabolizado pelo organismo, oferecendo um aproveitamento total ao corpo. O especialista destaca que ele apresenta uma taxa de absorção 26% maior em relação ao ácido fólico.
Por esse motivo, o ginecologista aponta que, cada vez mais, tem se recomendado o uso do metilfolato em vez do ácido fólico, principalmente nos casos de gestação. Recomenda-se o uso por, pelo menos, três meses antes de engravidar.
Fonte – Agência Experta