Londres precisa de visto? O que você precisa saber

Foto: Pexels (Ramaz Bluashvili)
Planejar uma viagem ao Reino Unido exige atenção às regras de entrada. Desde o Brexit, as normas para brasileiros mudaram, e é essencial se informar antes de embarcar.
Atualmente, turistas brasileiros não precisam de visto para estadias de até 6 meses. No entanto, desde 2024, entrou em vigor o novo sistema eletrônico ETA (Electronic Travel Authorization), que exige uma autorização prévia para embarque.
Além disso, seu passaporte deve ter validade mínima de 6 meses. As autoridades podem solicitar comprovação financeira e informações sobre a hospedagem durante a imigração.
Este guia explica tudo sobre os requisitos para turismo, estudo e trabalho no Reino Unido. Continue lendo e evite surpresas desagradáveis na chegada.
Londres precisa de visto: regras atuais para brasileiros
Entender as normas de entrada é fundamental para quem planeja conhecer o país. As regras variam conforme o propósito e a duração da viagem.
Turismo e estadias curtas
Brasileiros podem ficar até 6 meses sem visto para turismo. O passaporte deve ter validade mínima de 6 meses.
Atividades remuneradas são proibidas nesse período. É necessário comprovar recursos financeiros e detalhes da hospedagem.
Quando o visto é obrigatório?
Para estudos com duração superior a 6 meses, exige-se o Student Visa. O processo inclui carta de aceitação da instituição e comprovação de renda.
Quem deseja trabalhar precisa do Skilled Worker Visa. A empresa contratante deve ter licença para empregar estrangeiros.
Vistos de residência permanente são necessários em casos específicos. Descumprir as regras pode resultar em multas ou deportação.
Novo sistema ETA para o Reino Unido já está em vigor
O governo britânico modernizou as regras de entrada para visitantes. Desde 2024, o ETA (Electronic Travel Authorization) passou a ser obrigatório para brasileiros e cidadãos de diversos outros países.
O que é a autorização eletrônica de viagem?
O ETA é um sistema digital que substitui parte do processo tradicional de imigração. Ele funciona como uma pré-aprovação necessária para quem deseja viajar ao Reino Unido.
Com validade de 2 anos, o documento fica vinculado ao passaporte biométrico do viajante. O objetivo é agilizar os controles de fronteira e reforçar a segurança.
O sistema é semelhante ao ESTA dos EUA e ao ETIAS da Europa. Cidadãos de quase 90 países precisam dessa autorização para embarcar.
Como solicitar o ETA e custos envolvidos
O processo é totalmente online, disponível no site oficial gov.uk ou por meio do aplicativo do governo britânico. Basta preencher um formulário, enviar uma foto digital e aguardar a análise.
A taxa é de £10 (cerca de R$61), e a aprovação pode levar até 72 horas. Vale lembrar que o ETA não garante a entrada no país, apenas a autorização para embarcar rumo ao Reino Unido.
É fundamental ter um passaporte biométrico válido. Fique atento a sites falsos que cobram taxas abusivas ou oferecem serviços não oficiais.
O ETA começou a ser implementado em 2024, em fases, e já está em vigor para cidadãos brasileiros. Verifique se sua viagem exige a autorização e evite contratempos.
Documentos essenciais para entrar em Londres
Ter os documentos corretos é crucial para uma viagem tranquila ao Reino Unido. A imigração pode solicitar comprovações específicas, e estar preparado evita contratempos.
Passaporte válido e comprovação financeira
O passaporte brasileiro deve ter validade mínima de 6 meses após a entrada. Sem isso, o embarque pode ser negado.
Extratos bancários ou cartões internacionais, como o Nomad, servem como prova de recursos. Recomenda-se ter pelo menos £100 por dia de estadia.
Reservas de hospedagem confirmadas também são exigidas. Cartas de convite de residentes devem conter dados do anfitrião.
Seguro-viagem e vacinas recomendadas
O seguro é obrigatório para cobrir emergências médicas. Hospitais particulares em Londres têm custos altos sem cobertura.
Vacinas como COVID-19 e hepatite são indicadas. A tríplice viral é sugerida para quem visita áreas rurais.
Documentos traduzidos para o inglês facilitam a comunicação. Casos de deportação por falta de comprovação são comuns.
Tipos de vistos para diferentes objetivos
O Reino Unido oferece vistos específicos conforme o propósito da viagem. Cada categoria tem regras distintas sobre duração, atividades permitidas e requisitos. Conhecer essas diferenças ajuda a escolher a opção certa.
Visto de turista (Standard Visitor Visa)
Ideal para quem deseja conhecer o país como turista. Permite ficar até 6 meses, sem direito a trabalho ou estudos longos. A taxa atual é de £115.
É necessário comprovar recursos financeiros para se manter durante o período. Reservas de hotel e passagem de volta também são exigidas.
Visto de estudante (Student Visa)
Para cursos com duração superior a 6 meses. Exige matrícula em instituição reconhecida pelo governo britânico. O custo parte de £490, além da taxa de saúde anual.
Estudantes podem trabalhar 20 horas semanais durante o período letivo. Nas férias, é permitido atuar em tempo integral.
Visto de trabalho (Skilled Worker Visa)
Destinado a profissionais com oferta de emprego no Reino Unido. A empresa contratante precisa ser licenciada para patrocinar estrangeiros.
O valor varia entre £719 e £1.639, dependendo do tempo de permanência. Profissões em alta incluem tecnologia, saúde e engenharia.
É obrigatório comprovar domínio do inglês. Alguns casos permitem levar familiares como dependentes.
Como planejar sua viagem financeiramente
Organizar o orçamento é essencial para aproveitar ao máximo sua estadia no Reino Unido. Conhecer os custos em libras esterlinas e as melhores formas de economizar faz toda a diferença.
Se você está em dúvida sobre quantos dias ficar em Londres, vale considerar ao menos 4 a 7 dias para explorar os principais pontos turísticos com calma, incluindo museus, parques, bairros históricos e passeios nos arredores.
Planejar bem o tempo ajuda a equilibrar experiências e gastos.
Câmbio e custo de vida em libras esterlinas
A libra é uma das moedas mais valorizadas do mundo. Por isso, é importante ficar de olho na cotação antes de viajar. Plataformas como Wise oferecem taxas competitivas na conversão real-libra.
O custo médio diário fica entre £70 e £120. Esse valor inclui hospedagem, alimentação e transporte. Usar cartões internacionais, como o Nomad, ajuda a evitar taxas abusivas.
Orçamento para hospedagem, alimentação e transporte
Hostels e hotéis econômicos custam de £50 a £80 por noite. Para economizar, prefira mercados locais e cozinhe algumas refeições.
O transporte público é eficiente e acessível. O passe Oyster Card semanal sai por £35, mais barato que táxis ou Uber. Atrações turísticas oferecem descontos para compras antecipadas online.
Com planejamento, dá para curtir a viagem sem gastar muito. Faça um cálculo detalhado baseado no seu perfil e tempo de estadia.
Chegando em Londres: opções de transporte
Explorar a capital britânica começa com uma boa escolha de como chegar. Com diversas alternativas de voos e conexões terrestres, planejar seu trajeto facilita a experiência.
Aeroportos internacionais e voos low-cost
A região metropolitana conta com seis aeroportos principais. Heathrow e Gatwick são os mais movimentados, recebendo voos diretos do Brasil.
Companhias como British Airways e Latam operam nessas rotas. Para quem busca economia, voos low-cost da Ryanair pousam em Stansted e Luton.
O tempo de transferência varia conforme o aeroporto:
- Heathrow: 15-30 minutos de trem
- Gatwick: 30-45 minutos
- Stansted: 45-60 minutos
Na baixa temporada, as passagens aéreas podem ter descontos expressivos. Vale comparar preços entre diferentes cias. aéreas.
Trens e ônibus de outras cidades europeias
Quem vem de países vizinhos tem opções terrestres práticas. O Eurostar liga Paris e Bruxelas ao centro em pouco mais de 2 horas.
O Eurotúnel permite cruzar o Canal da Mancha de carro ou ônibus. Para viagens múltiplas, o passe Interrail oferece flexibilidade com bons preços.
Estações como St. Pancras recebem trens internacionais. Os terminais de ônibus conectam diversas cidades europeias com tarifas acessíveis.
Independente do meio de transporte escolhido, sempre confirme os horários com antecedência. Isso evita imprevistos na sua chegada.
Onde se hospedar em Londres: áreas e preços
Escolher a região certa para ficar faz toda diferença na experiência. A capital britânica oferece opções para todos os bolsos, desde luxo até alternativas econômicas.
O centro (Zona 1) concentra hotéis de alto padrão, com diárias entre £150 e £300. Westminster e Covent Garden são ótimas opções para quem quer estar perto dos pontos turísticos principais.
Para quem busca preços mais acessíveis, as Zonas 2 e 3 apresentam ótimas alternativas. Bairros como Camden e Shoreditch oferecem hospedagem por £80 a £150 a noite, com atmosfera vibrante e boa conexão de transporte.
Hostels são a escolha ideal para mochileiros, com camas em dormitórios a partir de £25. Muitos oferecem café da manhã incluso e áreas comuns para socializar.
Segurança é um fator importante na escolha. Regiões centrais costumam ser mais movimentadas e monitoradas, enquanto áreas periféricas exigem maior atenção durante a noite.
Para estadias longas, alugar um apartamento pode sair mais em conta. Plataformas como Airbnb oferecem descontos para reservas mensais, com opções a partir de £1.200.
Dica: compare sempre o custo-benefício. Às vezes, pagar um pouco mais por uma localização central compensa na economia com transportes.
Transporte público em Londres: Oyster Card e dicas
O sistema de transporte público na capital britânica é um dos mais eficientes do mundo. Com diversas opções interligadas, facilita a locomoção por todas as regiões da cidade.
O Oyster Card é o cartão eletrônico ideal para quem deseja economizar. Ele funciona em ônibus, metrô, trens e até barcos pelo Rio Tâmisa. A tarifa diária máxima nas zonas 1 e 2 é de £7.70.
Recarregar o cartão é simples e pode ser feito online pelo aplicativo TfL. Basta escolher o valor desejado ou adicionar um Travelcard semanal para maior economia. O depósito inicial de £5 é reembolsável.
Para quem prefere ônibus, a passagem única custa £1.75. As rotas noturnas operam 24 horas, garantindo mobilidade a qualquer momento. A rede é totalmente acessível para cadeirantes.
Dicas essenciais:
- Use apps como Citymapper para planejar trajetos
- Toque o cartão nos leitores ao entrar e sair
- Crianças de 11-15 anos têm tarifas reduzidas
- O cartão não expira e pode ser reutilizado
Com essas informações, aproveitar a cidade fica mais fácil e econômico. O transporte público oferece praticidade para explorar cada cantinho.
Melhor época para visitar Londres: clima e custos
Escolher quando viajar influencia diretamente na experiência e no orçamento. Cada estação oferece vantagens diferentes, desde preços até tipos de passeios.
O verão (junho a agosto) é a alta temporada. Os dias são mais longos e ensolarados, perfeitos para explorar parques e atrações ao ar livre. Porém, os custos chegam a ser 30% mais altos nessa época.
Já o inverno (janeiro a março) tem temperaturas médias de 5°C. Apesar do frio, é quando os preços de hospedagem e voos estão mais baixos. Museus e atrações internas se tornam ótimas opções.
Eventos sazonais marcam cada período do ano:
- Primavera: Chelsea Flower Show e Maratona de Londres
- Verão: Carnaval de Notting Hill
- Outono: Festival de Cinema de Londres
- Inverno: Mercados de Natal e festas de Ano Novo
Para quem busca equilíbrio entre clima e economia, a primavera e o outono são ideais. As temperaturas são amenas e os preços mais acessíveis que no verão.
Promoções de última hora costumam aparecer na baixa temporada. Sites de viagem oferecem descontos em hotéis e pacotes turísticos entre outubro e abril.
O clima em Londres é imprevisível em qualquer época. Leve sempre um casaco e guarda-chuva, mesmo nos meses mais quentes. Dias ensolarados são raros no inverno, mas acontecem.
Planejar com antecedência ajuda a aproveitar melhor cada estação. Compare preços mensais e escolha o período que combine com seu perfil de viagem.
Posso usar meu cartão Nomad em Londres?
Viajantes brasileiros contam com uma ótima opção para pagamentos no exterior. O cartão Nomad é aceito em mais de 180 países, incluindo o Reino Unido. Sua principal vantagem é a taxa de IOF reduzida para apenas 1,1%.
Em comparação com cartões comuns que cobram 6,38% de IOF, a economia é significativa. Além disso, não há taxa de anuidade, o que torna o Nomad uma escolha inteligente para quem vai passar tempo na capital britânica.
O cartão oferece conversão automática para libras esterlinas usando a taxa comercial do dólar. Isso elimina preocupações com câmbio no momento da compra. Todas as transações aparecem em tempo real no aplicativo.
Principais benefícios do Nomad:
- Saques sem custo na rede MoneyPass
- Segurança reforçada em compras internacionais
- Acesso a salas VIP em aeroportos
- Parcerias com descontos em serviços de viagem
Para quem busca praticidade, o Nomad se destaca entre as contas multicurrency. Seu sistema evita cobranças abusivas e facilita o controle dos gastos durante a viagem.
Restaurantes, lojas e atrações turísticas aceitam o cartão normalmente. A bandeira Visa garante ampla aceitação nos estabelecimentos. Sempre confirme o valor em libras antes de confirmar o pagamento.
Com essas vantagens, o Nomad se torna um aliado para economizar e ter mais segurança nas transações. Uma solução moderna para viajantes que querem evitar surpresas com taxas escondidas.
O que fazer se meu ETA for negado?
Receber uma recusa do ETA pode ser frustrante, mas existem alternativas. O sistema eletrônico tem critérios rígidos, e entender os motivos ajuda a resolver o problema.
Antecedentes criminais são a principal causa de negativa. Outros fatores incluem erros no formulário ou documentos incompletos. Nesses casos, é possível corrigir e reenviar a solicitação.
Se o ETA for negado, a opção é solicitar um visto convencional. O processo leva cerca de 3 semanas e exige mais documentação. O visto de visitante padrão permite estadias de até 6 meses.
Passos importantes após a recusa
- Verifique o motivo oficial no e-mail de resposta
- Corrija qualquer erro na reapresentação
- Reúna documentos complementares, como extratos bancários
- Considere assessoria especializada para casos complexos
Muitos conseguem aprovação na segunda tentativa. Basta ajustar os detalhes que causaram a primeira recusa. A honestidade nas informações é crucial para o sucesso.
Para evitar problemas, revise cuidadosamente todos os dados. Nomes devem bater exatamente com o passaporte. Erros simples podem atrasar seus planos de viagem.
Se precisar viajar urgentemente, o visto de trânsito é uma opção. Ele permite ficar até 48 horas no Reino Unido. Exige comprovação da viagem ao destino final.
Pronto para explorar Londres com tudo em ordem?
Com todas as informações em mãos, sua viagem ao Reino Unido será mais tranquila. Confira este checklist rápido antes de embarcar:
Documentos essenciais: passaporte válido, ETA ou visto conforme necessário, passagem de volta e comprovante de hospedagem. Tenha também cópias digitais desses arquivos.
Para consultas oficiais, acesse o site gov.uk. Lá você encontra detalhes sobre regras de imigração e requisitos atualizados. Anote os contatos de emergência locais, como o número 999 para polícia e ambulância.
Adaptar-se à cultura britânica é simples. Cumprimente com educação, respeite filas e evite falar alto em transportes públicos. Esses pequenos gestos fazem diferença.
Organize suas finanças com antecedência. O cartão Nomad é uma ótima opção para pagamentos e saques sem taxas abusivas. Abra sua conta antes de viajar para aproveitar todos os benefícios.
Agora é só curtir cada momento com segurança e tranquilidade. Boa viagem!