Mulher é presa na zona norte de Pirassununga por tentativa de homicídio
No final da madrugada de domingo, 7, os Cabos PMs Binotti e Merenciano, da viatura I-36304, da 3ª Cia PM de Pirassununga, do 36º BPM/I, apresentaram no plantão policial da CPJ de Pirassununga/SP, a pensionista Roseli Donizete, 40, por ter sido presa em flagrante por tentativa de homicídio, fato este ocorrido por volta das 23h50, pela Rua Raul Trevisan, Jardim São Valentin, zona norte.
De acordo com os policiais militares, foram acionados pelo COPOM a comparecerem no Pronto Socorro, onde um homem identificado como o autônomo Milton Barboza, 59, deu entrada baleado.
No hospital, em conversa com os parentes da vítima, foi relatado que a autora do disparo teria sido a amásia Roseli, sendo que ela ainda estaria na casa em posse da arma. Deste modo, os policiais seguiram para a casa da vítima, localizada na Rua Raul Trevisan, n.º 484, Jardim São Valentim, onde lá encontraram a autora dos fatos, sendo que a garagem da casa estava toda cheia de água, como que tivessem acabado de lavar ali.
Devido o local ter sido lavado não localizado nenhum indício mais dos disparos na casa visto que o local não estava preservado, onde estavam ali vários parentes defronte a casa da vítima, tomando conhecimento através deles que haviam tirado a arma das mãos da autora e levado para outro lugar.
Uma das pessoas que estava pelo local, informara que a arma usada por Roseli, estava no pé de uma árvore ali próxima no meio de alguns objetos, dentro de uma sacola plástica.
Os policiais foram até o local apontado e lá encontraram referida arma, sendo um revólver da marca Taurus, calibre 38, número 951411 capacidade de 6 tiros, com 5 munições dentro do tambor, sendo 4 munições deflagradas e uma intacta que em pesquisa no sistema não deu registro.
Irmãos da vítima, relataram que estavam na festa de aniversário de uma irmã, estando ali, Roseli e seu filho, sendo que a vítima Milton, não estava, e sim estava na casa de um sobrinho o qual reside na rua de trás.
De acordo com as testemunhas, cerca de 20 minutos após, começaram a ouvir uma discussão na rua, onde então notaram que se tratava de Milton e Roseli, que gritavam um com o outro, já que Milton estaria bravo por conta de que o filho de Roseli teria ido morar com eles e Milton não o queria lá.
As testemunhas saíram para tentarem apaziguar a situação, oportunidade que teriam visto o momento em que Roseli empurrou Milton, indo para sua casa.
Milton ficou lá fora conversando com as testemunhas, foi quando ouviram um barulho como que um disparo de arma de fogo vindo do quarto.
Uma das testemunhas na casa para ver o que acontecia e então viu que Roseli estava na posse de um revólver de cor preta e então perguntou o que seria aquilo, onde Roseli, passando o cano no rosto dizia que iria acabar com a vida do Milton e depois iria se matar, a testemunha pediu para Roseli nada fazer, pois não queria que os dois se machucassem.
A testemunha relatou que saiu da casa e foi falar para seu irmão Milton, que se encontrava com outra testemunha na garagem da casa, dizendo para eles que Roseli estavaa na posse de um revólver e dizia que iria acabar com a vida de Milton.
Em dado momento Roseli saiu de dentro da casa já apontando a arma para Milton e dizendo que iria acabar com ele. Milton teria se aproximado de Roseli, e a todo momento pedia que ela não fizesse isso e este tentava tirar o revólver das mãos dela.
Quando Milton se aproximou um pouco mais de Roseli, foi ouvido o barulho do disparo. Logo em seguida, a vítima colocou as mãos sobre sua barriga, onde as testemunhas ouviram mais disparos de arma de fogo.
Uma das testemunhas teria retirado a arma das mãos de Roseli, onde uma das testemunhas teria pegado a arma, a embrulhou em uma sacola plástica e a deixou em uma árvore ali próxima aguardando a chegada dos policiais militares no local.
Roseli disse em sua defesa que Milton ofendeu seu filho de vários nomes bem como a ofendeu, quando ela teria ido buscar as chaves de casa com Milton, o qual estava na casa do sobrinho; quando o casal ia para a residência deles, alegou ter sido empurrada por Milton, onde acabou sofrendo ferimento superficial no dedo indicador direito e no punho direito tendo hematoma, acabando por empurrar o companheiro, vindo a cair ao chão, sendo que ambos estavam embriagados.
Depois disso, Roseli alegou que entrou na casa e seu amásio junto com sua cunhada entraram logo em seguida, onde Milton continuava a lhe ofender, onde então foi até o quarto, pegou uma cadeira grande e também uma cadeira pequena, onde colocou a menor sobre a maior e então subiu na frente do seu guarda-roupas, pois sabia que ali em cima do mesmo havia um revólver deixado por seu genro, que foi viajar para o Estado de Minas Gerais e acabou deixando por segurança na casa dela.
A mulher disse que passou a apontar a arma para seu amásio, mostrando que estava armada, mas, mesmo assim, ele foi pra cima dela, foi aí que ela efetuou o disparo. Roseli alegou que não sabia que o revólver estava municiado. Roseli ainda disse que não tinha intenção de atirar em seu amásio, apenas estava tentando assustá-lo para que ele parasse de lhe ofender e agredir.
A mulher recebeu voz de prisão por tentativa de homicídio e, após passar pelo Pronto Socorro para exame de corpo de delito cautelar (cujo laudo atestou as lesões que a autuada alegou ter sofrido em decorrência do empurrão que Milton desferiu contra ela).
A vítima passou por cirurgia e seu quadro era estável até o momento do flagrante.
A delegada de polícia, Dr. Tatiane Cristina Parizotto, ratificou a voz de flagrante dado pelos policiais, sendo a mulher levada para a Cadeia Pública de Limeira, permanecendo a disposição da justiça.