Conchal. Policia Civil coordenada pelo delegado de polícia, Dr. Luiz Henrique “quebra biqueiras”
Após denúncias chegadas para a Polícia Civil Judiciária da cidade de Conchal/SP, de que um suspeito de tráfico de drogas, conhecido por “Dolla”, conhecido nos meios policiais, seria dono de “biqueiras” no município, estaria distribuindo as drogas em seus pontos de vendas para comercialização.
O delegado de polícia, Dr. Luiz Henrique Lima Pereira, juntamente com sua equipe iniciou um trabalho investigativo, realizando “campanas”. Os trabalhos investigativos chegaram ao seu final por volta das 10h00, da manhã de quarta-feira, 7 de fevereiro, quando durante “campana” pela na Rua Joaquim Calman, Jardim Planalto, em local tido como “ponto de vendas de drogas”, visualizaram “Dolla”, o suspeito chegando com sua motocicleta em uma área desabitada, onde estavam uma mulher e um homem, respectivamente, Jéssica e Rafael, conhecidos pela polícia pelo envolvimento com tráfico de drogas.
“Dolla” ao estacionar sua motocicleta, Jéssica foi até ele, quando pegou um (1) invólucro, onde após conferir o conteúdo que estava no invólucro, entregou dinheiro.
Diante da situação, os policiais civis efetuaram a abordagem, encontrando com Rafael, um invólucro plástico contendo sete (7) kits contendo noventa e uma (91) “pedras” de crack e, em revista a “Dolla” foi encontrado a quantia de R$ 200,00.
Os policiais conduziam os três suspeitos para o plantão da Central de Polícia Judiciária, quando foram informados por uma pessoa que pediu para não ter seu nome ventilado, disse que “Dolla”, estaria mantendo usuários devedores de drogas em cárcere privado em sua residência, onde poderia ser encontrados objetos produtos de furtos, onde usuários de drogas, faziam as trocas.
Desta maneira os policiais seguiram para a Rua Dos Lourenço, Jardim do Lago, encontrando na porta do imóvel a esposa de “Dolla”, identificada como Sfefânia.
Os policiais puderam visualizar no interior da casa objetos que poderiam serem produtos de furtos como fios de cobre, bicicletas e botijões de gás. Questionada, Stefânia disse que não era dela e sim de “nóias” que levam até o local.
Os policiais questionaram a mulher sobre pessoas retidas no interior da casa por dívidas de drogas, apenas disse que seu marido teria uma sacola no interior da casa que poderia ter drogas.
Em virtude dos objetos ilegais na residência os policiais ingressaram em seu interior, onde encontraram muitos outros objetos, sendo que todos que lá estavam apontavam ser de “nóias”, sendo, então, apreendidos.
No interior da sacola comentada pela mulher, havia uma (1) grande porção de Cocaína a granel que posteriormente pesou 163gramas, uma (1) pedra não fracionada de Crack, que pesou cerca de 122gramas, trezentos e noventa e um (391) eppendorf’s contendo cocaína, quatrocentas e sessenta e uma (461) pedras de Crack fracionadas e uma (1) balança de precisão e centenas de eppendorf’s vazios.
No interior da casa foram encontrados R$ 7.750,00 em cédulas de R$50,00 e 100,00, demonstrando serem da venda de drogas, além de grande quantidade de moedas em potes, também, indicando que seriam oriundos do tráfico de drogas. Na residência estava uma mulher de nome Adrielli, a qual negou envolvimento com o tráfico.
Um jovem de nome Cristiano, que também estava na casa solicitou aos policiais que queria ter um diálogo em separado, onde disse que depois de comprar drogas de “Dolla” e não ter pagado, passou a lhe cobrar, sendo ameaçado a todo momento, além de sofrer agressões e, para quitar a dívida seria obrigado a “trabalhar” durante o dia todo e, até mesmo, madrugadas em sua casa, de forma vexatória, tendo que limpar fezes de animais, banheiros, lavar louças, limpar resquícios de drogas que lá eram deixados.
No interior da cela do plantão policial, “Dolla” passou a gritar com os presos, intimidando a todos os detidos. Stefânia, que tinha “aberto o jogo”, mudou sua versão após conversar com “Dolla”, passando acusar Cristiano, como proprietário das drogas encontradas, tentando criar uma narrativa.
A motocicleta utilizada por “Dolla” foi apreendida, assim como os demais objetos encontrados, além das drogas e dinheiro. Stefânia já foi presa na cidade de Araras, por extorsão mediante sequestro, pois, juntamente com “Dolla”, mantinham na ocasião um casal em sua residência e obrigados a lá permanecerem em troca de uma dívida.
Foram presos em flagrante, Jair (Dolla), 32, Stefânia, 22, Jéssica, 24 e Rafael, 31, sendo enquadrados pelos Crimes Consumados das Leis 11.343/06 – Entorpecentes – Drogas sem autorização ou em desacordo (Art.33, caput) e extorsão mediante seqüestro (art. 159) – Pessoa, se o seqüestro dura mais de 24 horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
A vítima (usuário) de drogas, de 42, mantido refém na casa e obrigado a trabalhar dia e noite, a fim de sanar a dívida, foi ouvida e liberada.