Provedor da Santa Casa de Pirassununga faz COMUNICADO/DENÚNCIA PÚBLICA
O Jornal da Tarde, da Rádio Nativa FM 106,1, do município de Pirassununga, trouxe em primeira mão e com exclusividade, através do âncora do programa, Ademir Naressi, durante entrevista que fazia com o Capitão PM Nigra, comandante da 4ª Cia de Leme, do 36º BPM/I, um COMUNICADO/DENÚNCIA PÚBLICA, assinado pelo Provedor, Dr. Benedito Geraldo Lebeis Júnior, em exercício da Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga.
Depois de meses de tranquilidade, a Santa Casa de Misericórdia do município de Pirassununga, volta ao cenário da incerteza e de preocupação.
O Dr. Benedito Geraldo Lebeis Junior, na qualidade de Provedor em exercício da Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga, em conjunto com a Mesa Administrativa, enviou um comunicado, onde se expressa profunda preocupação em relação em relação acontecimentos decorrentes da intervenção municipal ocorrida no dia 10 de fevereiro de 2022.
É de se recordar, que dias antes da intervenção imposta pelo prefeito municipal, Dr. José Carlos Mantovani, o Corpo Clinico em sua totalidade, encaminhou ao Ministério Público, Prefeitura Municipal e Câmara Municipal de Pirassununga, que a falta de recursos para honrar o pagamento dos médicos, estaria gerando um movimento de paralisação geral, informando também que a UTI, já não estaria internando ninguém, pois, não tinha mais profissionais (médicos), onde apenas um profissional estaria ainda atendendo no local, porém, até a alta do último pacientes.
Naquela ocasião, como em outras, o Corpo Clínico pedia intervenção urgente, o que levou então o prefeito Mantovani a decretar.
Naquela oportunidade, teria ficado acertado de que, a partir do momento da intervenção, os pagamentos passariam não mais atrasar, fato que realmente aconteceu.
Por outro lado, ficou definido que os meses atrasados dos pagamentos seria dividido em duas ou três parcelas e, desta forma nenhum médico sairia no prejuízo.
Desde então, o Provedor, Lebeis Junior, denunciava de que buscava informações junto à Prefeitura e aos interventores, a fim de assegurar a transparência em relação aos atos praticados durante a intervenção, mas, nunca recebia uma resposta satisfatória.
Foto do Dr. Benedito Geraldo Lebeis Júnior – Arquivo deste portal de notícias
No início do mês de dezembro, a justiça afastou de suas funções o prefeito Dr. José Carlos Mantovani e três de seus assessores direto, assumindo o cargo interinamente até decisão judicial, o presidente da Poder Legislativo, vereador Cícero Justino da Silva.
Ao assumir a cadeira do executivo municipal, o professor Cícero Justino, possivelmente orientado por assessores iniciou uma série de medidas, cancelando Licitações e Pregões importantes ao andamento da cidade, inclusive não renovando um contrato com a empresa THV que prestava serviço na limpeza pública, tendo o mais recente corte a suspenção da Licitação de um importante equipamento médico para exames.
Para piorar as coisas, de acordo com a Santa Casa a prefeitura não teria feito o repasse de recursos para o pagamento dos médicos no mês de janeiro, referente ao mês de dezembro, bem como outro recurso ‘acordado’ para quitar uma primeira parcela dos meses atrasados antes da intervenção ocorrido no ano de 2022.
NOVA AMEAÇA DE PARALISAÇÃO MÉDICA
No final da primeira semana do ano de 2024, o Corpo Clínico voltou à tona, informando da paralisação do atendimento médico, isto devido ao atraso de seus vencimentos, onde a Prefeitura não havia repassado os valores correspondentes para o pagamento referente a mês de dezembro.
Isto levou a Administradora Hospitalar, Mary Rocha, a fazer cobranças junto ao executivo, onde diante o quadro, cobrança da administradora e da paralisação médica, a Prefeitura fez o repasse, onde foi realizado o pagamento dos médicos, bem como quitada a primeira parcela dos pagamentos atrasados antes da intervenção, sendo que a segunda e última parcela está marcada para o mês de junho.
ADIMINISTRADORA É EXONERADA
De acordo com informações passadas por funcionários do setor administrativo da Santa Casa, a cobrança feita por Mary Rocha, não teria agradado setores da Prefeitura Municipal, onde então o prefeito municipal em exercício Cícero Justino da Silva, teria através de ofício (fato não confirmado) exonerado a administradora.
No teor da Intervenção é claro que o administrador (ra), somente poderia ser exonerado (a), através da interventora nomeada (o que não teria ocorrido, segundo comentários dentro do hospital).
Para piorar ainda mais as coisas, Mary Rocha não poderia se exonerada (segundo comentários por entendidos no assunto que não quiseram terem seus nomes divulgados), pois, ocupa o cargo de presente da CIPA, sendo assim, deverá receber seu salário de Administradora da Santa Casa até o final de seu mandado, ou seja, durantes dois próximos anos, aumentando ainda mais a dívida o hospital.
COMUNICADO/DENÚNCIA PÚBLICA
O Dr. Benedito Geraldo Lebeis Júnior, Provedor em Exercício da Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga, encaminhou para a Promotoria Pública, ao Presidente da Câmara Municipal de Pirassununga, ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde, ao Prefeito Municipal e ao Secretário Municipal de Saúde, onde faz algumas colocações.
“Nos últimos dias, a situação da administração do Hospital tem se agravado, com relatos de atrasos nos pagamentos médicos por parte do corpo clínico. Hoje (23/01/2024), após denúncias de diversos funcionários e pacientes, dirigimo-nos à administração do Hospital e constatamos in loco a ausência do Administrador Hospitalar e da atual Interventora. O que segundo relatos vem ocorrendo há dias e prejudicando o andamento do hospital”, diz Lebeis Júnior.
O Provedor em exercício diz; “Diante dessa apuração e considerando que a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga está alijada da administração do Hospital e de qualquer instrumento de fiscalização, sentimo-nos na obrigação de tornar pública essa situação, visando alertar a comunidade e as autoridades competentes”.
Em outro ponto é colocado; “Solicitamos a atenção e urgência no tratamento desse assunto, visando a preservação dos interesses da comunidade, dos profissionais de saúde e, principalmente, dos pacientes que dependem dos serviços prestados pela Santa Casa de Pirassununga”, pontou Lebeis Júnior.
O Provedor em Exercício concluiu em seu Ofício; “Aguardamos providências imediatas e acreditamos na pronta atuação das autoridades para a resolução desses problemas”.