Médicos ameaçam paralisar atendimento no Pronto Socorro de Pirassununga
Hoje é comum há existência de grupos fechados que se conversam pela rede mundial de computadores através do WhatsApp, no meio da tarde desta terça-feira, 3, uma postagem dentro do grupo médicos de Pirassununga/SP chegou até o aplicativo de nosso editor.
O médico, deixa claro que homens de branco que atendem no Pronto Socorro estão com seus salários atrasados atrasado por três meses e pede para que todos paralisem o atendimento, deixando para que os coordenadores façam o atendimento à população, ou então o fechamento das portas do Pronto Socorro, como já ocorrido durante o governo da então prefeita Cristina Aparecida do Lessio Batista.
Divida de três milhões
Colaboradores da Santa Casa de Pirassununga dizem que a dívida do município com a entidade é de cerca de R$ 3.200,000,00, fato este desmentido pelo secretário da pasta da saúde, Edgar Saggioratto.
Pouco mais de Um Milhão e Setecentos Mil
Saggioratto disse para nossa reportagem que o município teria que repassar até o dia 15 de setembro cerca de R$ 800 mil reais para a urgência e emergência e mais cerca de R$ 77 mil para a hemodiálise. Também informou o secretário que a “Nota Fiscal” referente ao mês de setembro chegou esta semana na pasta, a qual passa por um “crivo” podendo ser paga até o dia 15 de outubro, valor este perto dos R$ 800 mil reais e mais R$ 70 mil para a hemodiálise.
Desta forma, a dívida da Prefeitura para com a Santa Casa estaria pouco mais de R$ 1.770,00, somando os meses de agosto e setembro.
No final da tarde desta terça-feira e questão, a prefeitura, através do prefeito liberou o valor de R$ 300 mil reais, quando uma reunião entre Santa Casa e Médicos, poderia colocar fim na ameaça de paralisar o atendimento.
Saggioratto disse “este médico precisa aparecer, vir no grupo e dar o seu nome, ao invés de se esconder no anonimato”.
Mensagem do grupo dos médicos
“O grupo dos médicos da cidade está furioso. Precisamos regularizar os pagamentos. Estão ameaçando parar o atendimento PS e nós Coordenadores vamos ter que trabalhar dia noite! Se os coordenadores não se pronunciam a única forma é deixar os plantões e os colegas não pegarão pra cobrir assim os coordenadores tem que assumir todos os plantões.
Eu comecei a trabalhar em Abril na Santa Casa, e em pouco tempo pude perceber mudanças significativas, principalmente em relação ao descaso do governo municipal: Primeiramente, o aumento drástico do número de atendimentos, reflexo do mal gerenciamento da atenção primária e da baixa eficiência assistencial das UBS. Não quero citar nenhum em particular porque sinceramente não conheço as UBSs, nem os médicos que nelas trabalham.
No entanto, a demanda exagerada que recai sobre a Santa Casa, especialmente com atendimentos de baixa complexidade, é escancarada, um escândalo pra qualquer gestão de saúde séria. Na última semana vimos um fluxo diário chegar próximo aos 300 atendimentos, o que torna desumano qualquer assistência prestada. Chegamos, enfim, a revoltante situação atual…, da inadimplência. Nós, médicos que suprem as demandas mal distribuídas da cidade estamos tendo prejuízos de grande monta. Sem falar na qualidade do atendimento, que está muito piorada tanto devido ao stress do atraso no pagamento, quanto pelo volume desmedido de atendimentos. Não sou, nem quero ser agitador, mas é fato que estamos desamparados… nossos chefes não se posicionaram, nem houve qualquer retratação oficial vinda do setor financeiro. Quero deixar claro que só estou colocando minha opinião pois foi conclamada. Sou novo no serviço, mas nem por isso estou alheio a toda esta situação. Esperamos que nos próximos dias tenhamos algum alento, seja com o pagamento em si, ou com alguma medida cautelar mais incisiva que proteja os médicos que prestam serviço a Santa Casa”.