Lavagem de dinheiro: setor imobiliário é um dos mais visados
No dia 31 de janeiro terminou o prazo para os corretores e imobiliárias de todo o País fazerem a comunicação de não-ocorrência ao Conselho de Controle de Operações Financeiras (COAF) sobre possíveis crimes de lavagem de dinheiro no segmento de imóveis. Com essa declaração, os profissionais informaram que, no ano de 2017, não registraram nenhuma transação suspeita em sua rotina de trabalho.
Além disso, desde 2006, os corretores também estão obrigados a informar ao COAF todas as operações que julgarem suspeitas no decorrer de seus negócios, como por exemplo, a aquisição de uma propriedade por meio de grandes somas em espécie.
As informações são importantes porque norteiam os trabalhos do COAF e, também, fornecem indícios de negócios ilícitos à Receita e à Polícia Federal.
Somente em 2017, os corretores de imóveis e imobiliárias de todo o País comunicaram a ocorrência de 2.257 transações feitas em espécie, além de 688 negócios suspeitos no segmento imobiliário. Em 2016, os números foram de 1.716 e 829, respectivamente.
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), José Augusto Viana Neto, afirma que, por ser um setor atrativo para o desvio de grandes somas de valor, é essencial que haja uma colaboração cada vez maior dos corretores no combate a esse tipo de crime.
“Sempre que houver suspeita durante uma transação imobiliária, o profissional é obrigado a comunicar ao COAF. Isto é o que manda a lei. E o nosso objetivo é alertar corretores e imobiliárias para que mantenham o cadastro de seus clientes e façam essa comunicação.”
Debate
Na manhã desta quinta-feira, 8, Viana debateu esse assunto com os corretores da cidade de Pirassununga, além de trazer dados importantes aos profissionais sobre as perspectivas do mercado para 2018.
“Também vamos mostrar os resultados registrados por nossa Pesquisa que indicam um balanço positivo tanto para a venda quanto para a locação de imóveis em todo o Estado. ”
De janeiro a novembro, o saldo acumulado é positivo em 8,58% para as vendas e em 15,95% para a locação.
Informação – Imprensa CRECI – SP