SIG da PCJ de Araras prende pai e filho por tráfico. Policial Rogerinho se passa por usuário
No meio da tarde de sexta-feira, 23, os policiais civis do SIG de Araras/SP, e Rogerinho da CPJ de Santa Cruz da Conceição/SP, apresentaram no plantão da CPJ do município ararense, pai e filho por suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas pelo Jardim Belverde, periferia da cidade, onde o delegado de plantão, Dr. Tabajara Zuliani dos Santos, ratificou a prisão por Tráfico e Associação para o crime. Foram presos Murilo Jacinto, 38, e seu filho de 17 anos.
De acordo com o policial civil Bruno, pertencente ao SIG de Araras / SP, e referido setor de inteligência vem recebendo inúmeras informações acerca de um ponto de tráfico, localizado próximo ao Ginásio de Esportes, na Vila Michelin, o qual é de propriedade de CHINA, porem, e é administrado por Murilo e seu filho.
Ainda, segundo a polícia, o local é como uma “crackolândia”, pois, os usuários trocam produtos furtados por drogas e consomem no próprio local, gerando um problema para o bairro, bem como estimulando furtos no centro da cidade e comércio. Com isso, durante a semana, foram feitas campanas, sendo acompanhadas várias vendas feitas por Murilo e seu filho, sendo que na sexta-feira em questão, os policiais do SIG solicitaram apoio do policial civil Rogerinho, o qual se disfarçou como sendo usuário a fim de tentar comprar entorpecentes no local.
Por volta das 15h30, Rogerinho foi até o portão da residência e pela grade da garagem comprou cinco (5) pedras de crack do filho de Murilo, pagando pelas mesmas a quantia de R$ 50,00.
Minutos de depois um ajudante pedreiro, 41, adentrou o imóvel e comprou entorpecentes de Murilo, posteriormente apurado que foram (três) 3 pedras de Crack conforme registro (TC n.º 900034).
Logo depois do ingresso do ajudante de pedreiro, policiais do SIG invadiram o imóvel, quando Murilo atirou um invólucro plástico redondo sobre os telhados. No local, todos foram detidos, sendo que o usuário admitiu ter comprado três (3) pedras com Murilo, entregando as porções para as equipes da Polícia Civil. Em revista pessoal, encontraram com o filho de Murilo um aparelho celular e com o pai a quantia de R$ 65,00, sendo R$ 50,00 eram do policial civil, sendo o valor devolvido ao policial.
Em revista ao interior do imóvel, mais precisamente na cozinha, dentro de um forno elétrico, encontraram um tijolinho de 100 Gramas de Maconha, sendo que, num dos quartos, encontraram dezenas de ziplocks, comumente utilizados para embalar Maconha. Em revista nos telhados vizinhos, encontraram o invólucro atirado por Murilo, sendo que continha em seu interior cento e vinte e três (123) pedras de Crack com embalagem preta, idêntica as pedras adquiridas pelo policial Rogério e o usuário (ajudante de pedreiro).
Questionados, Murilo assumiu, segundo a polícia, integralmente a propriedade da droga e o adolescente ficou em silêncio. As ações dos policiais foram filmados, mas, como o ângulo não era dos melhores, conseguiram apenas focar as vendas do portão para fora.
Diante de tais fatos, deu voz de prisão em flagrante e apreensão de adolescente para pai e filho, onde após passarem por exame de corpo delito foram levados para o plantão policial da CPJ, onde o delegado Zuliani dos Santos, ratificou a voz de prisão dada pelos policiais civis.
O delegado Tabajara Zuliani representou junto ao Poder Judiciário pela conversão do flagrante em prisão preventiva à Murilo, fundamentando que isto levando-se em conta a dinâmica dos fatos, os quais se basearam em competente e insistente investigação do SIG, que demonstrou intenso movimento de tráfico no local, o qual é tido como verdadeira “cracolândia” da cidade de Araras, onde onde além de vendas e consumo de drogas no interior do imóvel, os viciados entregam produtos furtados em troca dos entorpecentes, o que causa alarma social e descrédito nas instituições; Como houve venda de entorpecentes para um Policial Civil disfarçado, bem como para um usuário, que admitiu ter comprado Crack de um dos envolvidos (TC 900034 anexado nos autos), não resta dúvidas acerca do conluio entre pai e filho.
Zulini em seu despacho final finalizou “o adolescente infrator, o qual, se não ficar custodiado, poderá efetivamente fazer voltar a funcionar o ponto de tráfico em questão, o que, por si só já representa um perigo não só para a cidade, como para si próprio, até mesmo porque, seu representante legal, o pai Murilo, por óbvio não tem condições de mantê-lo longe do mundo das drogas, sendo fundamental que o mesmo seja submetido a medida sócio protetiva, que o mantenha distante do pai, para seu próprio bem.
Participaram da ação que culminou na prisão de pai e filho, além dos policiais mencionados no início da reportagem, os policiais civis do SIG, Bruno Bertanha, Eli, Fábio e Raphael, bem como a policial civil de Leme/SP, Letícia.
O delegado de policia civil, Dr. Antônio Luiz Tuckumantel, diretor da Seccional de Limeira/SP, deu todo apoio logístico na ação, acompanhando através do sistema à ação.
Fotos – CPJ de Araras